Passados quase três meses desde a posse do presidente norte americano e o mundo ainda vive a euforia da eleição de um presidente negro. Ele é apontado como uma possível salvação da estagnada economia estadunidense e do mundo,assim como,um grande mediador nas negociações de paz no Oriente Médio.

Seus discursos de campanha foram sempre otimistas e esperançosos tanto para o seu povo quanto para a população mundial, como por exemplo, a proposta de uma retirada gradual das tropas norte americanas do Iraque e do Afeganistão que animou as famílias dos soldados americanos e aqueles que defendem uma redução de gastos militares em tempos de crise, e alimentou uma esperança, de tempos de paz, no oriente médio que sofre diariamente com as mortes de civis, entre elas crianças inocentes, vítimas de falsas e estúpidas guerras em nome do modelo da democracia norte americana.

Entretanto, na última semana o presidente surpreendeu a todos com a declaração de aumentar as tropas no Afeganistão, e mais, o ministro de defesa anunciou que os soldados serão reequipados com novas armas de ultima geração. Essa propaganda da indústria bélica alimenta, e de forma cruel, as compras de armas americanas. Mercado esse, que é responsável pelos maiores PIBs dos EUA,assim como,é responsável por milhares de vítimas de guerras principalmente ás civis na África(o filme o senhor das armas é um ótimo denunciador desse mal).

Portanto, fica a pergunta:Até que ponto podemos depositar as nossas confianças de uma nova era nesse presidente?Ou será que ele vai seguir o mesmo caminho do seu antecessor que é conquistar o máximo de vantagem sobre todo, somente para o seu país, mesmo usando a força para isso se realizar?Força essa, que causa sofrimentos de domínios, de guerras e de crises.


Chega a ser cômica a maneira com que a Rede Record de televisão aborda os acontecimentos do cotidiano.

Hoje de manhã, ao colocar no canal do bispo, me deparei com o jornalista Britto Junior explorando ao máximo, e de uma forma extremamente sensacionalista, a explosão de um galpão em Diadema. Mas o pior foi ouvir a MODELO Ana Hikman dando palpites da arquitetura do prédio e de possíveis desmoronamentos por razões que ela detectou na estrutura, a partir de imagens de um helicóptero, e a fofoqueira Cris Flores dando outros palpites sobre como devem ser julgados os responsáveis do prédio.

Pergunto lhes: a que ponto o jornalismo de qualidade está banalizado no Brasil?Qualquer pessoa tem o poder de opinar e dar conclusões sobre fatos tão importantes e que colocam a população em pânico?Onde se encontra o respeito dos jornalistas que estudaram tanto e que perdem lugares para modelos, fofoqueiras e cozinheiros?

Posso até responder lhes: Essa falta de respeito é provocada por uma palavra denominada: Audiência.

Palavra essa, que transforma a Ana Hikman em uma arquiteta a Cris Flores numa juíza e o Edu num cara de múltiplas profissões menos a de um Cozinheiro.

É vergonhosa essa exploração. Na morte da menina Isabela faltou respeito com a vítima, assim como no da menina Eloá.O buraco do metro parecia ,segundo o jornal da Record ,que iria engolir são Paulo inteira e agora na explosão do galpão do diadema esse sensacionalismo e jornalismo barato volta a ocorre.
Portanto, se a rede Record pretende alcançar o primeiro lugar, ela precisa reformular seu conceito jornalístico, (e até dramatúrgico,mas isso fica para outro post). Tentar encaixar sensacionalismo e violência em todos os produtos da casa é uma autodeclaração de morte. Pois, tudo cansa, e essa fórmula vai cansar o público e quando chegar essa hora o tão sonhado slogan “Rede de primeira”, no máximo se consolidará como “UMA REDE DE QUINTA